Aprenda como fotografar melhor, as técnicas mais adequadas a cada momento e como aprimorar o seu olhar para valorizar o seu trabalho.
Como tornar-se um fotógrafo mais confiante
A confiança é uma ferramenta valiosa em qualquer aspecto da vida (pessoal ou profissional). Como um fotógrafo não há nada melhor que você saber que é capaz de fazer fotos incríveis. Este saber lhe dá tanta força que se não conseguir fotografar um momento exato, não será porque você não sabia o que estava fazendo ou porque simplesmente não foi rápido o suficiente.
Há infinitas maneiras de conquistar confiança em si mesmo, como um fotógrafo. Aqui estão algumas que encontrei que podem ser muito úteis com o passar do tempo. Elas lhe ajudarão a estar preparado para qualquer ocasião.Faça anotações… ou não!
Especialmente no começo, é bem interessante você ter um pequeno caderno onde possa fazer anotações que lhe ajudarão futuramente. Acredite, muitos fotógrafos profissionais costumam fazer anotações, e vale de tudo: manter notas, traçar objetivos, anotar configurações para um tipo específico de imagem e até mesmo colar algumas fotografias inspiradores. Você pode encarar seu caderninho como um diário de viagem, onde guarda todas as experiências para, mais tarde, não esquecer detalhes importantes.
por Olivander
Como capturar movimentos nas fotos
Em mais uma das minhas pesquisas pela Internet e leituras curiosas sobre fotografia encontrei algumas dicas que te ajudam a congelar os movimentos que sempre quis. E sabe porque isso é interessante? Porque o movimento não quer dizer apenas que tal objeto/pessoa estava se movendo, mas pode transmitir um estado de espírito, uma personalidade, uma característica específica, um detalhe curioso, e por aí vai… Além do mais, você também pode utilizar essa técnica para eliminar ou esconder elementos que podem distrair os receptores ou tirar o encanto da cena, focando apenas o que lhe interessar.
Ante de tudo você deve ter duas coisas em mente: quanto mais rápida estiver a velocidade do obturador mais foco você terá, e quanto menos rápida menos focada ficará sua imagem (com o conhecido borrão). Assim você pode variar entre focar o fundo (luzes dos carros borradas) ou o assunto das suas fotos (moça na plataforma do trem):
por paulaloe _______________ por Extra Medium
Há duas maneiras de deixar apenas o assunto focado. Uma delas é, como na foto acima, focar no objeto, ajustar o obturador com baixa velocidade e segurar firmemente a câmera enquanto captura a imagem. A outra é utilizando a técnica do panning, que é simplesmente focar um assunto em movimento e mover sua câmera na mesma direção e na mesma velocidade que o objeto, assim você conseguirá um fundo borrado, como na foto abaixo:
Já na foto da cidade, o foco ficou no fundo, com baixa velocidade do obturador, para conseguir o desfoque nos os outros elementos da imagem (carros). Em lugares de pouca iluminação e fotografias noturnas e sempre aconselhável o uso de tripé para não perder o foco da imagem.
Escolha o lugar certo! Não basta apenas conhecer as técnicas, é preciso ter sensibilidade para encontrar lugares que resultarão em ótimas imagens. Na fotografia abaixo (muito bem pensada por sinal) foi escolhido um local onde há movimento nos dois lados do enquadramento escolhido, deixando apenas o centro focado – o que conferiu à imagem um efeito estonteante, na minha modesta opinião.
por llimllib
Outro efeito interessante é o conhecido “chrono photography”, com o qual você congela cada um dos movimentos do assunto escolhido. Você pode fazer isso com imagens sequenciais, mais conhecido como continuous shooting, uma opção que existe na maioria das câmeras digitais. Você captura uma série de imagens e depois as edita em uma só para reproduzir o movimento.
por Jolantis
Fotografias com movimento, acima de tudo, precisam ser pensadas antes de realizadas para conseguir imagens mais interessantes. É muito importante praticar e fazer muitas fotos até aprender. Mas não esqueça que antes de apertar o boãozinho você deve refletir a respeito de como você deseja capturar o movimento (borrado, levemente desfocado etc), qual quantidade de luz é a mais adequada, qual a velocidade do assunto e, ainda, qual o melhor enquadramento (apesar de ser o mais difícil de ajustar em algumas imagens).
A inteção aqui não foi divulgar conhecimentos profundos a respeito das técnicas, mas é sempre importante destacar algumas coisas para gerar reflexões. Afinal boas fotos não são feitas por acaso… as boas imagens já existem, só precisamos ter conhecimento e capacidade suficientes para eternizá-las!
Panning
Resumindo, panning é simplesmente o movimento horizontal da câmera, na mesma direção e velocidade do assunto que se move e que se deseja fotografar. Para quem conhece fica fácil entender, mas a maioria das pessoas sempre soltam o conhecido “hein?” depois de qualquer explicação. Mas é simples, basta compreender que o panning é fazer a câmera se movimentar em sincronia com o assunto. Continua complicado? Por isso é melhor fazer exatamente o que a fotografia faz: mostrar!
Mas também existe uma outra maneira de fazer o panning. Ao invés de movimentar a câmera é só deixá-la parada e esperar que o assunto em movimento simplesmente passe por ela. O resultado será um fundo focado com o assunto borrado. Como na foto abaixo:
*. É importante ter firmeza ao segurar a câmera e utilizar velocidade de obturador relativamente baixa. A velocidade do obturador sempre vai depender da velocidade do assunto, mas, em geral, você pode optar por 1/200 ou mais lenta. Agora, se o seu assunto estiver muito muito rápido, como, por exemplo, um carro de corrida em ação, você pode arriscar 1/40 de segundo, que geralmente funciona bem.
*. Tenha em mente que quanto mais rápido estiver o obturador mais fácil será para deixar o assunto nítido. Principalmente quando você estiver apenas começando a praticar o panning, não diminua tanto a velocidade. Comece tentando colocar um pouco de movimento e vai se arriscando conforme for obtendo os resultados que desejar, até conseguir separar completamente o assunto do fundo.
*. Tenha o cuidado de deixar o objeto sempre enquadrado no mesmo lugar durante toda a exposição. Isso vai garantir uma imagem muito mais nítida e interessante.
*. Lembre-se de praticar sempre, pois quanto mais rápido estiver o seu assunto, mais dificuldade você terá para capturar uma boa imagem. Isso envolve a dica anterior, porque quanto maior a velocidade do objeto, mais difícil será mantê-lo enquadrado, por isso é importante sempre começar com objetos mais lentos.
*. Divirta-se! Se nas primeiras tentativas você não conseguir nada muito bom, tente mais vezes. O aprendizado de verdade só é possível com erros, muitos erros…
Megapixels versus DPI
Muita gente tem dúvida quanto a verdadeira função dos megapixels e, na maioria dos casos, acaba confundindo megapixel com qualidade de imagem, mas não é bem assim que funciona. E também já conversei com pessoas que gostam de fotografia e buscam aprender mais sobre o assunto mas nem conhece a existência do tão necessário DPI. Foi por estas razões que resolvi fazer o post de hoje. Então vamos lá…
Megapixel, por definição, serve para designar um valor equivalente a um milhão de pixels, determinando o grau de resolução da imagem. Por exemplo, uma câmera com 1,3 Megapixels apresenta 1 milhão e 300 mil pixels na imagem final, o que corresponde a multiplicação da largura pela altura – ou seja, uma imagem de 1280 pixels de largura por 1024 pixels de altura terá 1.310.720 pixels no total. Se ficou difícil de compreender bastar ter na cabeça que megapixel não define a qualidade da imagem, ele simplesmente designa o tamanho da imagem final.
DPI é uma sigla inglesa que significa dots per inch, ou seja, pontos por polegada (PPP). Diferente do megapixel, o DPI é uma medida de densidade, que está relacionada à composição da imagem, expressando o número de pontos individuais existentes em uma polegada da superfície onde a imagem é apresentada. DPI, sim, é a resolução da imagem. Resumindo: quanto maior for o número de pontos por polegada, mais detalhada, bonita e bem definida será sua fotografia. Lembrando que as características do DPI só faz diferença na imagem impressa, não no monitor, mas é exatamente por esta razão que ele deve ser alterado na hora de imprimir suas fotos.
Os monitores de vídeo e telas digitais não exibem pontos por polegada, mas sim pixels por polegada (PPI), que chegam, no máximo, a 72. Na sua câmera digital também é diferente, sendo amostras por polegada, para imagens captadas por sensores óticos que também estão presentes em scanners.
Mas por que as lojas vendem tanto a ideia de Magapixel como qualidade de imagem?
Porque, querendo ou não, megapixels ajudam a obter uma fotografia com mais qualidade dependendo da ocasião. Isso porque a maioria das câmeras digitais capturam imagens com 72 dpi, que ficam perfeitas no monitor, mas perdem qualidade na impressão. Se você tiver uma câmera com alta quantidade de megapixels (consequentemente uma imagem maior) é fácil “consertá-las” em programas de edição para imprimir sem perder a qualidade. Entretanto, a maioria dos vendedores faz isso por pura ignorância. De qualquer maneira é sempre melhor informar-se bem a respeito dos equipamentos para encontrar um que seja mais adequado às suas intenções e necessidades.
Quantos Megapixels eu preciso para ter fotos legais?
Depende. Se você pretende deixar suas fotos guardadas no computador ou porta-retratos digitais, qualquer quantidade está de bom tamanho, o resultado, geralmente, será sempre o mesmo (lembrando que estou falando de megapixels e não de qualidade de captura de imagem, ok?). Agora se você tem intenções de imprimir as fotos (com a tecnologia digital não é mais necessário fazer a revelação) é necessário prestar atenção em algumas coisinhas. Por exemplo, se você quiser fazer imagens no tamanho tradicional (10×15 cm) é recomendável que sua câmera tenha, no mínimo, 3 MP. Já se você pretende obter impressões maiores, 20×30 cm por exemplo, é necessário ter 9 MP, para imprimir imagens com a melhor qualidade (300 dpi).
Megapixel, por definição, serve para designar um valor equivalente a um milhão de pixels, determinando o grau de resolução da imagem. Por exemplo, uma câmera com 1,3 Megapixels apresenta 1 milhão e 300 mil pixels na imagem final, o que corresponde a multiplicação da largura pela altura – ou seja, uma imagem de 1280 pixels de largura por 1024 pixels de altura terá 1.310.720 pixels no total. Se ficou difícil de compreender bastar ter na cabeça que megapixel não define a qualidade da imagem, ele simplesmente designa o tamanho da imagem final.
DPI é uma sigla inglesa que significa dots per inch, ou seja, pontos por polegada (PPP). Diferente do megapixel, o DPI é uma medida de densidade, que está relacionada à composição da imagem, expressando o número de pontos individuais existentes em uma polegada da superfície onde a imagem é apresentada. DPI, sim, é a resolução da imagem. Resumindo: quanto maior for o número de pontos por polegada, mais detalhada, bonita e bem definida será sua fotografia. Lembrando que as características do DPI só faz diferença na imagem impressa, não no monitor, mas é exatamente por esta razão que ele deve ser alterado na hora de imprimir suas fotos.
Os monitores de vídeo e telas digitais não exibem pontos por polegada, mas sim pixels por polegada (PPI), que chegam, no máximo, a 72. Na sua câmera digital também é diferente, sendo amostras por polegada, para imagens captadas por sensores óticos que também estão presentes em scanners.
Mas por que as lojas vendem tanto a ideia de Magapixel como qualidade de imagem?
Porque, querendo ou não, megapixels ajudam a obter uma fotografia com mais qualidade dependendo da ocasião. Isso porque a maioria das câmeras digitais capturam imagens com 72 dpi, que ficam perfeitas no monitor, mas perdem qualidade na impressão. Se você tiver uma câmera com alta quantidade de megapixels (consequentemente uma imagem maior) é fácil “consertá-las” em programas de edição para imprimir sem perder a qualidade. Entretanto, a maioria dos vendedores faz isso por pura ignorância. De qualquer maneira é sempre melhor informar-se bem a respeito dos equipamentos para encontrar um que seja mais adequado às suas intenções e necessidades.
Quantos Megapixels eu preciso para ter fotos legais?
Depende. Se você pretende deixar suas fotos guardadas no computador ou porta-retratos digitais, qualquer quantidade está de bom tamanho, o resultado, geralmente, será sempre o mesmo (lembrando que estou falando de megapixels e não de qualidade de captura de imagem, ok?). Agora se você tem intenções de imprimir as fotos (com a tecnologia digital não é mais necessário fazer a revelação) é necessário prestar atenção em algumas coisinhas. Por exemplo, se você quiser fazer imagens no tamanho tradicional (10×15 cm) é recomendável que sua câmera tenha, no mínimo, 3 MP. Já se você pretende obter impressões maiores, 20×30 cm por exemplo, é necessário ter 9 MP, para imprimir imagens com a melhor qualidade (300 dpi).
Vamos seguir o caminho que a luz percorre ao entrar na câmera.
- Objetiva: é, nada mais nada menos que, a alma da câmera fotográfica. Através da passagem da luz pelo seu conjunto de lentes, os raios luminosos são orientados de maneira ordenada para sensibilizar a película fotográfica, ou o sensor, e formar a imagem!
- Diafragma: o diafragma fotográfico é uma estrutura que se encontra no interior de todas as objetivas, ele tem o papel de controlar a quantidade de luz que passa através dela.- Obturador: é um dispositivo mecânico que controla a quantidade de luz que incide no sensor através de uma “cortina”. Ao acionarmos o disparador, o obturador permite que a luz passe e seja captada pelo sensor digital ou pelo filme, por um tempo ajustável. Quanto maior o tempo, mais luz alcançará o elemento sensível.
- Visor: é a única parte da câmera que nós somos responsáveis pela magia, permite ver a cena que vamos fotografar, e varia segundo o tipo de câmera. Se falamos de uma SLR, o visor é uma pequena janela na qual, através de uma série de lentes e espelhos colocados estrategicamente, pode-se ver a cena exatamente como ela será fotografada, pois os raios de luz são provenientes diretamente da objetiva. Em câmeras amadoras, e em algumas SLR, há o modo LiveView, no qual o sensor é responsável por capturar a cena e nos mostrar, em tempo real, a imagem no LCD da câmera.
- Sensor: O sensor, assim como o filme fotográfico, é o local para onde se direciona toda a luz recolhida pela objetiva, onde pixels sensível à luz captam a cena.
Como funciona uma câmera SLR
O funcionamento das câmeras fotográficas é muito interessante.
Os raios de luz passam pela objetiva, se refletem no espelho móvel a 45º – que se situa logo atrás da objetiva – e se refletem num bloco de espelhos pentaprismáticos em 2 pontos. O último espelho do bloco leva a imagem ao visor. O foco é formado numa tela despolida, situada na posição horizontal entre o espelho móvel e o bloco pentaprismático. Esta tela está posicionada na mesma distância do sensor.
Quando apertamos o disparador, um conjunto de mecanismos move-se em total sincronia. O diafragma se fecha na posição pré-selecionada ou calculada pelo processador, no caso da câmera estar em automático, o espelho móvel se levanta, fechando a passagem da luz ao visor (por isto que há um escurecimento do visor no momento) e o obturador se abre durante o tempo pré-selecionado ou calculado pelo processador.
Após completar a exposição, tudo volta à posição inicial!
A figura ilustra o funcionamento de uma SLR:
Efeitos de zoom e spin na Lente
Muitos “efeitos” realizados na pós produção podem ser feitos direto na foto. Entre eles estão os efeitos de Zoom e Spin. Usando o flash para congelar um ponto específico na foto e uma velocidade bem baixa para capturar a luz do fundo você consegue efeitos de movimento que podem ficar muito bonitos!
Para usar esses efeitos gosto de usar o Flash na segunda cortina. Veja como configurar isso no manual da sua câmera ou flash portátil. Lembrando que, se quiser um efeito mais “artístico”, você nem precisa usar o flash (dessa forma quase tudo na foto fica borrado.)
EFEITO ZOOM
Com uma lente zoom (que vá de uma distância focal até outra) mantenha uma velocidade bem baixa. O objetivo é dar zoom (girar o anel de zoom da lente) durante a exposição! Então começe com a distância focal menor (digamos, 18mm), clique a foto e, enquanto a exposição está sendo feita, dê zoom para a maior distância focal (digamos, 55mm.)
O flash irá “congelar” o assunto principal, enquanto à sua volta tudo ficará “borrado” dando destaque à ele. (modo criativo de explicar o efeito do zoom)
EFEITO SPIN
O efeito Spin pode ser feito com uma lente fixa. Consiste na mesma técnica acima: mas ao invés de dar zoom você vai girar a câmera inteira de um lado pro outro! Prepare-se para olhares estranhos, fica engraçado ver alguém fazendo isso! rs…
Nessa foto dá para ver um pouco o efeito de Spin, não muito forte pois usei uma exposição “rápida” de 1/5s. Você pode usar exposições muito mais longas, como 5s. Mas dá para notar que o fundo está borradinho para os lados.
O que muita gente não sabe, ou não se dá conta, é que a beleza deslumbrante das pessoas que aparecem ali, na maior parte das vezes é fruto das ferramentas do Photoshop, e não da bondade divina.
Nos velhos tempos, quando uma mulher era muito bonita, se dizia: essa aí passou duas vezes na fila da beleza, antes de nascer. Hoje, a frase mais adequada seria: essa aí passou por um expert do Photoshop!
Os rostos lisinhos e sem expressão, o brilho da pele, o aumento dos seios, retoques na cintura, rabo e pernas, de tudo um pouco se vê e lá que ficam perfeitas isso ficam!
Vejam alguns exemplos:
Naomi Campbell...

Anahi...

Desastres do Photoshop
Justin Bieber, onde estão as expressões?
Fotografia Estereoscópica
Estereoscopia
O que é?
Houve um momento no curso da Evolução em que alguns animais passaram a apresentar olhos posicionados à frente da cabeça. Estes animais, entre os quais se encontra o ser humano, se por um lado perderam o incrível campo visual de praticamente 360 graus proporcionado por olhos laterais e opostos, por outro lado adquiriram uma nova função: a visão binocular, ou estereoscopia (em grego, "visão sólida").
Para entender na prática o que vêm a ser visão binocular e a sua importância para a sobrevivência, basta que o(a) leitor(a) feche um dos olhos e tente fazer suas atividades cotidianas assim. O simples gesto de alcançar um objeto sobre a mesa passará a ser um desafio sob a visão monocular. A dificuldade mais evidente neste estado será a de perceber a profundidade e avaliar a distância que separa o objeto do observador. Mesmo que a visão monocular não deixe de ter elementos para uma percepção rudimentar da profundidade: as leis da perspectiva continuam valendo, assim, o tamanho aparente dos objetos diminui à medida em que estes se afastam do observador e os mais próximos escondem atrás de si os mais distantes que se encontrem no mesmo eixo.
Antonio Canova (1757-1822) Psyché ranimée par le baiser de l'Amour - Roma, 1793 - Museu do Louvre
O fenômeno que está presente na visão binocular e que permite uma avaliação precisa das distâncias chama-se paralaxe. Trata-se da comparação entre imagens obtidas a partir de pontos-de-vista distintos. A visão tridimensional que temos do mundo é resultado da interpretação pelo cérebro das duas imagens bidimensionais que cada olho capta a partir de seu ponto-de-vista. Os olhos humanos estão em média a 64mm um do outro e podem convergir e divergir de modo a cruzarem seus eixos em qualquer ponto entre poucos centímetros à frente do nariz, ficando estrábicos, e o infinito, ficando paralelos. Os eixos visuais dos animais que têm olhos laterais e opostos obviamente nunca se cruzam.
O funcionamento da percepção da profundidade foi descrito pela primeira vez por Sir Charles Wheatstone, em 1838, portanto muito próximo à invenção da fotografia. Não demorou muito para que fosse inventada a fotografia em terceira dimensão. A fotografia em 3-D popularizou-se pelo fato evidente de que a adição da profundidade incrementa a sensualidade da experiência visual, em outras palavras, o prazer de ver.
O princípio da fotografia estereoscópica é simples e imutável: tomam-se duas fotografias do mesmo assunto a partir de pontos-de-vista ligeiramente distintos. A parte mais difícil é a observação destas imagens de modo que cada olho veja apenas a imagem que lhe é destinada e não veja a outra, e para isso foi desenvolvido um sem-número de diferentes técnicas.
Observar fotografias estereoscópicas faz mal à vista?
A observação de fotografias estereoscópicas não causa nenhum dano à vista. Pelo contrário, é um bom exercício para a musculatura ocular e pode até estimular a percepção estereoscópica do mundo. Estima-se que de 10 a 15% da população tenha perdido parcial ou totalmente a percepção estereoscópica, apesar de continuar a enxergar com seus dois olhos (1). Por outro lado, uma vez que estas fotos estão em um meio eletrônico, a observação prolongada a uma pequena distância do monitor não é recomendável devido à emissão de radiação pelo mesmo, o que não tem nada a ver com a estereoscopia em si. Se você dispuser de uma boa impressora, aconselhamos a observação em papel.
A observação de fotografias estereoscópicas não causa nenhum dano à vista. Pelo contrário, é um bom exercício para a musculatura ocular e pode até estimular a percepção estereoscópica do mundo. Estima-se que de 10 a 15% da população tenha perdido parcial ou totalmente a percepção estereoscópica, apesar de continuar a enxergar com seus dois olhos (1). Por outro lado, uma vez que estas fotos estão em um meio eletrônico, a observação prolongada a uma pequena distância do monitor não é recomendável devido à emissão de radiação pelo mesmo, o que não tem nada a ver com a estereoscopia em si. Se você dispuser de uma boa impressora, aconselhamos a observação em papel.
Além de imagens, o cérebro recebe também da musculatura responsável pelos movimentos dos globos oculares informação sobre o grau de convergência ou divergência dos eixos visuais, o que lhe permite aferir a distância em que ambos se cruzam naquele determinado momento.